O que fazer quando estamos em cativeiro?

Sylvio Fratelli Filho -

Jr. 29.1-7; 10-11

Nos versos acima, Jeremias dá instrução para o povo de Israel que acaba de chagar ao exílio. Ele os orienta a edificar casa e habitá-la; tomar mulheres e multiplicar-se. Portanto, Jeremias os leva a continuar suas vidas e não desanimar, mas a agirem pensando que um dia sairão daquelas condições e voltarão a sua terra. 

Salmo 126: 1-6

Já, no Salmo acima, é contada a volta e a concretização da promessa feita pelo Senhor. E três características são mencionadas: Alegria, riso e júbilo. Estas foram alçadas por que o povo estava como quem sonha.
Alguns nasceram no cativeiro, outros foram crianças e voltaram velhos. Alguns olham para templo e choram por sua ruína. Mas, outros cantavam alto ao ponto de se fazerem ouvir.
Deus no verso 11 de Jeremias 29, não manda recados, Ele nos fala exatamente o que pensa. Ele nos fala que tem planos de Paz e não de mal, para nos dar um futuro e uma esperança. 
Desde cedo precisamos saber e ensinar a diferença entre aquilo que Deus e o diabo.João 10.10
Muitas vezes nos vemos envolvidos por cativeiros em nossas vidas. E a verdade é que os textos nos trazem duas situações. A ida e a volta do cativeiro. E que o fim da história de nossas vidas será resultado do que vivemos no cativeiro. Se sonhamos, se edificamos, se nos multiplicamos.
O texto de Hebreus nos mostra Jacó próximo da morte, (Hb.11.21 ) Não está um velho chato, mas um homem marcado (Ser chato é uma coisa, sem marcado é outra). Ele vai abençoar seu filho, e diz O Deus lhe apareceu, e sua esposa morreu dando a luz (Gn. 48), e, ainda assim, apoiado ele abençoou e adorou.
Jeremias então diz: “Vocês estão indo para o cativeiro, mas não parem, não desistam, continuem, por que daqui a 70 anos vocês voltarão”.
Davi não parou a sua vida, por receber um não de Deus, quando não pode construir o Templo para Deus, mas preparou várias coisas para a concretização da Palavra de Deus (I Cr. 17 e 22).
Precisamos esperar pela concretização das promessas de Deus com cânticos, com esperança, com adoração.
Quem Crê tem um padrão de comportamento.
Não podemos esquecer quem Deus é, como no caso da Israelita, menina, serva em uma terra estrangeira, que se encontra com o leproso Naamã (II Rs. 5); ou, Daniel, cativo (Dn. 6.10), e ainda, Sadraque, Mesaque e Abednego, cativos (Dn. 3.19-29), mas todos não se esqueceram de quem Deus é, nem de Sua Palavra ou Suas Promessas. Eles não pararam de orar, de buscar a razão de sua esperança.
Neemias na presença do rei, mesmo no cativeiro consegue provisão, por que orou ao Senhor (Nm 1). O que falar de Paulo, que diz: “estou preso, mas a Palavra está cumprindo sua finalidade, esta sendo divulgada” (II Tm. 2.8-9).
A intenção não é minimizar os problemas do povo. É que precisamos de um padrão de comportamento. Como no caso de José, vendido por seus irmãos, exilado, esquecido por aquele que jurou se lembrar dele. Mas manteve um padrão, não se vendeu, continua esperando, sendo integro. Até que Deus se lembrou dele e o tirou de onde estava e cumpriu o sonho.
Não desista, envolva-se com Deus. Hb. 10:36