Enxergando como Jesus

Sylvio Fratelli Filho -

Jo. 4.5-6; 5.19; 5.27-42

A Bíblia diz que Jesus nunca fez nada por si mesmo, ele não parou ali, junto ao poço, simplesmente pelo fato de estar cansado, mas o Pai precisava que Ele ficasse um pouco ali parado. Jesus sabia que deveria ficar um tempo naquele lugar, junto ao poço, e, assim esperar o momento em que Deus iria cumprir com os Seus planos.

Quando os discípulos chegaram reprovaram a atitude de Jesus, por estar conversando com aquela mulher. E por quê? Qual o motivo de estranharem as atitudes de Jesus? Porque eles não enxergavam como Jesus, não conseguiam ver uma mulher necessitada da Graça de Deus. Eles não puderam ver nela uma possível seguidora de Jesus.


Quantas pessoas nós encontramos no nosso dia a dia? O que nós enxergamos nestas?

Vemos simplesmente o exterior, algumas bonitas, outras feias, talvez, agradáveis ou não. Vemos apenas pessoas destinadas ao inferno. Mas, Jesus, via nela uma seguidora, a chave da entrada do Evangelho naquela cidade.

Por muitas vezes, assim como os discípulos, não queremos nos associar as pessoas que podem manchar a nossa reputação. 

O grande segredo da vida de Paulo é que, logo no primeiro momento de seu encontro com Jesus no caminho de Damasco, ele pergunta: “Senhor, o que queres que eu faça?”.

Por muitas vezes buscamos o Senhor em favor dos próprios interesses, buscando satisfazer nossa própria vontade. Se o Senhor permitisse que “caíssemos do cavalo”, o que perguntaríamos? Senhor! Por quê? Ou, “O que queres que eu faça? O que esperas de mim?

Jesus é nosso, sim! Mas, para nós o repartirmos com as pessoas.

Mt.19.14 - Devemos ver possibilidades de aprendermos com as crianças, com aqueles que são menos experientes do que nós.

Mt. 15.21-28 – Jesus, seguindo o propósito de Deus, a princípio não diz nada, e os discípulos querem que Ele mande aquela mulher embora, mas Jesus tinha que provocar a Fé no coração dela para operar o milagre, ele desejava operar o milagre.
Temos que ver as possibilidades de Deus na vida das pessoas.

Lc. 18.35-43 – Mostra-nos que Jesus se importa em parar ao clamor de Bartimeu. Apesar dos discípulos o mandam ficar calado e não importunar, JESUS SE IMPORTA.

Lc. 9.54-55 – Jesus repreende os discípulos por quererem destruir o povo. “Vocês não sabem a quem pertencem”, diz ele. Jesus tinha uma visão, os discípulos outra.

Quando olhamos o mundo o que é que nós vemos? Pecadores dos quais queremos ficar distantes? Ou pessoas que possam vir a serem nossos irmãos? O que enxergamos? Um propósito de intercessão? Ou pessoas que vão nos tomar o tempo?

Quantas vezes achamos que socorrer pessoas não faz parte do “chamado”. Pensamos: “meu negócio é trabalhar na igreja e servir no templo”. Quando nosso maior chamado é: amar o nosso próximo como a nós mesmos. 

Preferimos trabalhar com máquinas, nunca com pessoas, mas Jesus quer que trabalhemos com pessoas, ele não se preocupa com máquinas. Jesus é amigo dos pobres e necessitados, dos aleijados, dos fracos.

Jesus tem uma visão: “Eu vim para salvar o que está perdido”.

Jesus nos envia para o meio de lobos, temos que ir ao meio destes para salvá-los. Jesus quer abrir os olhos de Seus discípulos, mudando a forma de enxergarem.

É tempo de crescer, de deixar Deus usar nossa vida. É tempo de perguntar-Lhe o que quer, e, ouvi-lo responder.

E tempo de nos darmos às pessoas, de ouvi-las, de socorrê-las, de deixar a Luz de Cristo brilhar, de procurarmos oportunidades de sermos sal e luz.

Jesus diz: “Abram os olhos e vejam os campos já estão prontos” – Jo.4.35