Darás a tua vida por mim?

Sylvio Fratelli Filho -

Jo.13.36-38

Você dará a vida por mim?

Nós, muitas vezes, declaramos sermos capazes de dar a vida em favor da Causa de Cristo. Mas, será?

Quando estudamos as escrituras vemos muitas pessoas podendo ser capazes de dar a vida. Isaac, por exemplo, se tornou um símbolo de Jesus, por se entregar ao pai para morrer conforme o pedido de Deus. 
Então, e se Deus pedisse para subirmos no altar e nos tornarmos um sacrifício, qual seria a nossa reação?

Ester 4.16 – Esta mulher toma a posição de, se preciso fosse, morrer.

Os amigos de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-nego, em Daniel 3.16-18, declaram: “Se tivermos que morrer, morreremos”. E, realmente, se veem nesta situação, passando aprovados.
Ou ainda, no novo testamento, vemos João Batista que sabia que morreria se continuasse pregando e continuou. E, mais, Estevão que preferiu ser apedrejado para não fazer calar as escrituras que estavam nele.
At.20.22-24 – Paulo sabe que o espera cadeias, sofrimentos, mas não se importa. Ele sabia de seu chamado, não considerando sua vida tão preciosa que não valesse ser sacrificada.
Hb. 11.32-38 – Estes homem preferiram o plano de Deus para eles.
Inácio de Antioquia, no primeiro século, disse: “Eu quero ser pão de Deus”. E quando na arena um leão esmagou o seu braço, ele declarou: “Agora eu sou um verdadeiro cristão”.
Agora vejamos, em Mateus 16.24-28, o que Jesus nos aconselha. Neste texto estão contidos três verbos na forma imperativa, ou seja, que devem ser observados e seguidos: 
Negue-se: Tenha uma negação do seu ímpeto, de suas vontades.
Tome sua cruz: Disposição de morrer por Cristo. A Cruz é algo que nós podemos ou não aceitar. A Cruz não um problema pelo qual passamos, pois este não é opcional, não é algo que possamos recusar. A cruz é um caminho sem volta, o fim de tudo para a pessoa, pois uma pessoa quando era condenada à cruz não morria um pouquinho ou sofria um tantinho, mas recebia por certeza a morte.
Não há uma crucificação parcial, ter uma área crucificada, mas é um compromisso total e definitivo.
Leia: ICo.15.30-31 / Rm.8.36 / Gl.2.20
Nos textos acima, Paulo nos mostra uma rendição por amor a Jesus, a cada dia, a cada momento. Ensina-nos a viver a Vida Dele, pois a nossa estará crucificada. 
Tomar a Cruz é não ficar frustrado quando nossos planos são mudados. 
No Trabalho, tomar a Cruz, é rejeitar um cargo, um dinheiro fácil, para estar de acordo com a vontade de Deus para você. Na família, a Cruz, pode significar aceitar injurias e ataques, para que o nome de Cristo seja exaltado. E, assim, em cada área de nossa vida. 
Siga-me: Quando e para onde, ele estabelece. 
O homem não o quis seguir por não ter onde reclinar sua cabeça. Outro não o seguiu por querer sepultar seus pais (Lc. 9.57-59).
Nós não deveríamos querer um lugar para servi-lo, uma posição, uma condição. Mas, aceitar os oferecidos por Ele. Os caminhos por onde iremos pertencem a Ele, a nós apenas segui-lo.
Trocaríamos tudo, nosso trabalho, nosso futuro, nossas vidas, pela Dele? O que deixaríamos para segui-lo?
Rm.12.1-2 – Ser um sacrifício é fácil, pois envolve uma morte, em um determinado momento. Difícil é ser um sacrifício vivo, pois se tem que morrer todos os dias. Mas é o que se espera de nós.
Que vivamos e morramos por Ele.